CRUZ E SOUSA
João da Cruz ou Cisne Negro, nasceu em 21 de novembro de 1861, em Desterro, hoje Florianópolis. Filho de escravos, negro sem mescla, o próprio poeta, ao nascer, sustentava a condição de escravo. Sua família foi alforriada por seu dono, o marechal Guilherme Xavier de Sousa, no início da Guerra do Paraguai. O antigo senhor e sua esposa cuidaram do menino João da Cruz, dando-lhe o sobrenome Sousa.
Sempre com a proteção do marechal Guilherme, Cruz e Sousa estudou no Liceu Provincial Catarinense. Em 1882, juntamente com Virgílio Várzea, dirige a Tribuna Popular, Jornal abolicionista. Em1883 vê-se impelido a abandonar sua terra natal, por problemas de preconceito racial. Nessa época, trabalha como ponto e secretário da companhia teatral de Julieta dos Santos, percorrendo quase todas as províncias brasileiras.Voltando para Santa Catarina, é nomeado promotor público em Laguna, mas não chega a assumir o cargo, novamente por causa do preconceito.Transfere-se para o Rio de Janeiro; trabalha na imprensa, mas seu melhor salário é o de um miserável emprego na Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em 1893 casa-se com Gavita Rosa Gonçalves, também negra; o casal teve quatro filhos, todos falecidos prematuramente ( o de vida mais longa morreu aos 17 anos). Gavita enlouquece e permanece internada durante longo tempo. Morrem o pai e a mãe do poeta. Em 1897, tuberculoso e pobre, procura refúgio na cidade mineira de Sítio, vindo a falecer em 19 de março de 1898. Seu corpo foi transladado de Minas Gerais para o Rio de Janeiro fora do esquife, num vagão de animais.
Cruz e Sousa é sem dúvida a figura mais importante do nosso Simbolismo, chegando-se a afirmar que sem ele nem teríamos essa estética em nossas letras. Como poeta, teve apenas um volume publicado em vida: Broquéis.
João da Cruz ou Cisne Negro, nasceu em 21 de novembro de 1861, em Desterro, hoje Florianópolis. Filho de escravos, negro sem mescla, o próprio poeta, ao nascer, sustentava a condição de escravo. Sua família foi alforriada por seu dono, o marechal Guilherme Xavier de Sousa, no início da Guerra do Paraguai. O antigo senhor e sua esposa cuidaram do menino João da Cruz, dando-lhe o sobrenome Sousa.
Sempre com a proteção do marechal Guilherme, Cruz e Sousa estudou no Liceu Provincial Catarinense. Em 1882, juntamente com Virgílio Várzea, dirige a Tribuna Popular, Jornal abolicionista. Em1883 vê-se impelido a abandonar sua terra natal, por problemas de preconceito racial. Nessa época, trabalha como ponto e secretário da companhia teatral de Julieta dos Santos, percorrendo quase todas as províncias brasileiras.Voltando para Santa Catarina, é nomeado promotor público em Laguna, mas não chega a assumir o cargo, novamente por causa do preconceito.Transfere-se para o Rio de Janeiro; trabalha na imprensa, mas seu melhor salário é o de um miserável emprego na Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em 1893 casa-se com Gavita Rosa Gonçalves, também negra; o casal teve quatro filhos, todos falecidos prematuramente ( o de vida mais longa morreu aos 17 anos). Gavita enlouquece e permanece internada durante longo tempo. Morrem o pai e a mãe do poeta. Em 1897, tuberculoso e pobre, procura refúgio na cidade mineira de Sítio, vindo a falecer em 19 de março de 1898. Seu corpo foi transladado de Minas Gerais para o Rio de Janeiro fora do esquife, num vagão de animais.
Cruz e Sousa é sem dúvida a figura mais importante do nosso Simbolismo, chegando-se a afirmar que sem ele nem teríamos essa estética em nossas letras. Como poeta, teve apenas um volume publicado em vida: Broquéis.
" Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas..."
Muito interessante esta série de postagens que falam um pouco dos nossos poetas. Cruz de Sousa venceu com suas palavras o preconceito tão ferrenho de sua época. Talvez não para a época, mas para nós.
ResponderExcluirUm abraço, Rosi.
VERDADE, PAUL!UMA HOMENAGEM AO 13 DE MAIO
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