Quando, à luz da evolução, o Vale do Rio recebeu um grupo de seres cuja fisionomia denunciava ser o filho das Américas, aquele lugar já se preparava para a lei da mudança.
Os primitivos habitantes daquela região, notavelmente os guaçuanos, formavam aldeias ceramistas, habilidade essa considerada de alto valor intelectual devido ao nível de complexidade da técnica para um homem pré- histórico, sendo assim cientistas classificaram os guaçuanos como um dos primeiros povos brasileiros a manufaturar cerâmica há 1600 anos.
Já em terras mojimirianas, milhares de anos antes, durante o mesolítico, vestígios mostraram que estas terras era um local aprazível para grandes caçadas.
Caçadores coletores construíam cabanas próximas a lugares onde a água pudesse ser de fácil acesso, fabricavam instrumentos de pedra lascada ao qual fatiavam suas presas. Porém, depois que a caça começava a dar sinais de escacassez partiam rumo à nova empreitada,
Mas seriam estes homens primitivos pertencentes a mesma raça que os atuais silvícolas? Os cientistas ainda procuram a resposta.
Com a invasão branca no século XVIII, abrindo picadas na mata à golpe de facão, o Vale mais uma vez presenciou a chegada de uma nova ordem. Os Bandeirantes chegaram impondo sua força, dominando suas terras e hasteando a bandeira da nova civilização.
Depois desse acontecimento, não muito tempo se passou até a chegada dos italianos que, exilados da Europa, construíramm no mesmo solo um império cerâmico vindo confirmar assim o ciclo da Civilização Cerâmica.
Mogi Mirim e Mogi Guaçu não ocupam status de melhores cidades do Estado paulista, nem tampouco da Federação. Não ocupam lugar de destaque na História da Humanidade como o fizeram as cidades- estado Esparta e Atenas. O Grande Rio Das Cobras e o Pequeno Rio Das Cobras, respectivamente, apenas fazem parte do Vale ao qual o acaso escolheu para experiências evolucionárias.
Mogiana Quadrinhos: O Vale do Moji
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